quinta-feira, 30 de junho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

Marina pede para sair: O PRB Verde é uma opção

Marina Silva, a mulher de saúde frágil que aprendeu a ler aos 16 anos e quase virou freira, sonha em ser presidente do Brasil. Em nome da utopia, Marina fez uma escolha pragmática. Convidada a ser candidata à Presidência, aceitou filiar-se ao Partido Verde, o PV, uma pequena legenda identificada não apenas com a agenda ambientalista – mas também com propostas liberais, como a legalização da maconha e do aborto. Marina, que se convertera à religião evangélica em 1997, ignorou as latentes tensões entre suas convicções religiosas e as posições liberais da plataforma verde. Apesar do bom desempenho na campanha presidencial do ano passado, não deu certo. Dois anos e 19,5 milhões de votos depois, Marina decidiu: deixará o PV. O anúncio ocorrerá em breve.
Marina Silva pode embarcar no PRB
A união entre Marina e o PV começou com promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido. Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção. Um dos dirigentes do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista que o havia enviado.
Marina assumiria a Presidência Nacional do PRB Verde
O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV deu-se em razão da entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, influenciavam decisivamente na elaboração da agenda da candidata. A força deles no comando da campanha não casava com o perfil histórico do PV. Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições. O PV temia perder o eleitorado urbano, moderno, descolado. As lideranças evangélicas argumentavam que isso não seria um problema e prometiam trazer 40 milhões de votos para a candidata, caso a campanha se voltasse aos eleitores evangélicos.
Bispos: Crivella, Jerônimo Alves e Vitor Paulo
O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político. Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação ambígua com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal. Leal é simpático ao PSDB e doou dinheiro para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, em 2006. Por outro lado, Marina contrariou aliados ex-petistas quando decidiu não usar uma campanha em vídeo preparado por seu marqueteiro cujo slogan era “Marina, a verdadeira sucessora de Lula”. “A campanha era maravilhosa, impactante, contava a trajetória de vida dos dois, a proximidade deles”, diz um aliado. Marina mantém sua decisão: “Acho pretensioso, poderia parecer pretensioso (o vídeo). Eu tenho muita consciência do meu tamanho”.
José Alencar Gomes da Silva: Fundador do PRB
O PRB fundado pelo ex-presidente José Alencar, é uma opção viável ao desembarque de Marina, não só por suas convicções religiosas de base segmentar, mas sobre tudo, por seu posicionamento independente, junto ao governo Dilma, em projetos de interesses comum e o núcleo verde do partido ser uma realidade.

Fonte: Congresso em foco

Matéria do meu amigo jornalista competentíssimo Davis. colunista do "JB" está esreiando sua coluna.

Perfil

Davis Sena Filho é jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalhou como editor, redator, produtor e repórter em jornais, revistas e TV. Também foi assessor de imprensa em vários órgãos públicos, instituições e sindicatos em Brasília e no Rio.

O Partido da Imprensa

“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada”. (Judith Brito, presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do Grupo Folha de São Paulo, em 18 de março de 2010).
“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”. (Joseph Pulitzer – 1847/1911)
Há 30 anos lido com o jornalismo — a partir de 1981. Formei-me na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em meados da década de 1980. Naquele tempo eu via a imprensa, a chamada “grande” imprensa como um instrumento de proteção da sociedade, além de considerá-la, apesar de pertencer à iniciativa privada e comercial, entidade democrática disposta a defender as liberdades de pensamento, de expressão, com o propósito de, por exemplo, apoiar ações que efetivassem a distribuição de renda, de terras, enfim, das riquezas produzidas pelos trabalhadores e acumuladas pelos empresários deste imenso País injusto.
Eu era jovem, inexperiente e, além disso, no País não existia liberdade democrática, havia a censura, as pessoas não falavam de política no dia a dia, o que dificultava ainda mais perceber os reais interesses da imprensa empresarial. Como me formei na metade da década de 1980, cujo presidente da República era o general João Figueiredo, via a imprensa como um segmento que lutava em favor de uma sociedade que se tornasse justa, democrática e livre, processo este que somente acontece por intermédio da implementação constante de justiça social, por meio de políticas públicas desenvolvimentistas e distributivistas.
Naquele tempo, vivíamos em um regime de força, que teve seu auge nos idos de 1967 a 1977, a imprensa, recém-saída da censura, que “terminou”, definitivamente, em 1978, era vista por mim, jovem jornalista, como um instrumento de resistência aos que transformaram a República brasileira em uma ditadura militar, com a aquiescência e o apoio financeiro e logístico de influentes segmentos econômicos da sociedade civil, que viram na ascensão dos militares ao poder uma forma também de aumentar seus lucros, sem, no entanto, serem alvos de quaisquer questionamentos, já que havia a censura e a oposição partidária à ditadura se encontrava em um momento de perseguição política e sem voz ativa para ser ouvida, inclusive pela grande imprensa que, por ser comercial, bem como o braço ideológico das elites econômicas brasileiras, aliou-se aos novos donos do poder.
O jornalista minimamente alfabetizado, experiente e informado, independente de sua formação cultural, política e ideológica, independente de sua influência profissional e de seu contracheque, sabe (ou finge não saber) que os proprietários da imprensa privada são megaempresários, inquilinos do pico da pirâmide social mundial e pontas-de-lança dos interesses do capital. A imprensa burguesa censura a si mesma, quando considera que os interesses empresariais estão a ser contrariados.
O faz de forma rotineira, ordinária, e expurga de seus quadros aqueles que não se unem ao pensamento único do Partido da Imprensa, que é o de disseminar, ou seja, propagar, aos quatro cantos, que não há salvação fora do mercado de ações, dos jogos bancários, da especulação imobiliária e da pasteurização das idéias, geralmente difundidas pelos doutores, mestres e professores das universidades e dos órgãos de supremacia e de espoliação internacional, como o BID, o Bird, o FED, a ONU, a OEA, a OTAN, o FMI, a OMC e a OMS.
Paralelamente, o Partido da Imprensa elege como adversários aqueles que contestam o sistema do capital como ele o é, ou seja, concentrador de renda, e exigem que ele se democratize no sentido de ele diminuir as diferenças entre as classes sociais e com isso efetivar uma equiparação, uma equanimidade entre os indivíduos que compõem o tecido social das nações que integram o planeta e são vítimas da geopolítica, que na verdade é a principal ferramenta do apartheid social e econômico entre os países.
Os inimigos da imprensa burguesa geralmente são os políticos que têm uma visão soberana em relação ao país que administram e acreditam em idéias e ideais que qualifiquem os homens como iguais. São políticos que elaboram e adotam programas distributivistas. São políticos nacionalistas, como os presidentes estadunidenses, porém sem ser xenófobos, e que lutam pelo desenvolvimento do país, a fim de conquistar tecnologias e pesquisas científicas próprias, ter o controle das diferentes energias, além de acreditar em uma diplomacia não alinhada aos países hegemônicos, com o objetivo de efetivar uma relação de igual para igual e não subordinada e servil, como muitos jornalistas do Partido da Imprensa, a soldo de seus patrões, de forma inadvertida e irresponsável apregoam e desejam.
A imprensa comercial acusa e sentencia, difama e calunia, dissimula e desinforma e mente se preciso for e se julgar que determinado governante não vai ler por sua cartilha, que é a mesma dos grandes conglomerados e trustes internacionais. Porque, como disse anteriormente, a imprensa é ponta-de-lança dos interesses do sistema capitalista excludente, além de ser seu braço ideológico. Ela é a vitrine desse modelo expropriador, useiro e vezeiro em propiciar o infortúnio e a derrota daqueles que ousaram um dia colocar em prática e até mesmo somente defender a tese, por exemplo, de um Brasil forte, independente e soberano.
Caro leitor, o que concorda ou não comigo, a imprensa é necessária e tem de ter liberdade para informar, mas não deve e não pode tomar partidos, defender grupos e tentar pautar as instituições republicanas. Ser jornalista não é sinônimo de ser intelectual, dono e juiz da verdade, infalível ou senhor do poder. Ser jornalista é ouvir e compreender, se for possível, o pensamento, as idéias, os ideais, as opiniões, as teses, os projetos, os programas, os propósitos, as atitudes, as ações e até mesmo as ideologias dos atores sociais, políticos e econômicos.
O jornalista é a ponte que une o ator social e a informação à população, ao povo, apenas isso e nada mais. Se o jornalista quer pautar a sociedade e as suas instituições ele já tomou partido, e, como o termo explicita, partidas serão suas opiniões. Portanto, o mais correto é se filiar a um partido político, conquanto que não seja, todavia, o Partido da Imprensa, que não disputa voto e, por ser ousado e não se olhar no espelho, quer fazer da República Federativa do Brasil seu feudo, conforme sua vontade, fato que foi provado, reiteradamente, nas questões relativas à luta pela terra por parte do MST, nas questões concernentes às reivindicações trabalhistas e salariais dos trabalhadores dos setores público e privado, nas questões referentes às eleições para presidente, governadores e prefeitos e nas questões tangentes às crises políticas que derrubaram presidentes como Getúlio Vargas e João Goulart, bem como na questão que influenciou na derrota do candidato Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 1989, bem como na tentativa de golpe contra o presidente Lula em 2005, além de ter perseguido, incessantemente, políticos da envergadura de Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, Luís Carlos Prestes, Miguel Arraes e até mesmo Ulysses Guimarães, muito menos palatável para o Partido da Imprensa do que Tancredo Neves.
O Partido da Imprensa combate tudo aquilo que possa dividir as riquezas deste País, no que tange à redistribuição de renda. Quase todos os programas sociais e econômicos apresentados no Brasil não tiveram o apoio da imprensa hegemônica. Além do mais, a imprensa combateu e combate ferozmente as políticas públicas independentes e desenvolvimentistas executadas por Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e agora, de maneira dura, o governo da presidenta Dilma Rousseff. E isto é só o começo. O Partido da Imprensa vai recrudescer seus ataques a Dilma quando ele desistir, totalmente, de fingir apoio moderadíssimo à governante, para depois, evidentemente, voltar à carga total no que é relativo aos seus ataques ao Governo, ainda mais quando ficar claro quem vai ser o candidato da direita nas eleições para presidente da República em 2014.
Para se ter uma idéia da desfaçatez e da insensatez do Partido da Imprensa, ele combateu a criação da Petrobras, da Vale do Rio Doce, da CSN e das leis trabalhistas — a CLT. Em compensação apoiou as tentativas de golpe em 1932, em 1938 e em 1954/1955, além de participar dos golpes militares de 1945 (“golpe branco”) e de 1964. A imprensa golpista sempre se aliou aos partidos conservadores, notadamente com a UDN de Carlos Lacerda, Eduardo Gomes e Juarez Távora, partido moralista e elitista, que recebia o apoio dos empresários e de parte da classe média de perfil conservador. Posteriormente, a UDN mudou a sigla e passou a ser conhecida como Arena no governo militar, depois PDS para, anos depois, virar PFL que, em 2007, finalmente, passou a se chamar Democratas — o DEM.
Como a direita brasileira tem no máximo 30% dos votos, tanto que sempre andou a reboque de partidos de centro e de centro esquerda, o DEM (PFL), por exemplo, aliou-se, em 1989, a Fernando Collor e a seu minúsculo PRN. Em 1994, teve de se aliar ao PSDB para chegar ao poder, com seu vice-presidente Marco Maciel, o que foi ratificado nas eleições de 1998. No período Lula, nos anos 2000, a agremiação conservadora continuou como vagão dos tucanos. Antes, em 1960, o DEM, que é a UDN, apoiou Jânio Quadros, que foi eleito presidente pelo pequeno PDC. Todavia, os udenistas não confiavam em Jânio, se considerava um político independente, porque transitava pelos espaços da direita e da esquerda, o que não agradava os direitistas, que desde 1930 sonhavam assumir novamente o poder, como nos tempos da República Café com Leite. Jânio, tal qual o Collor, não “dialogava” com o Congresso. Como se percebe, o DEM nunca teve força política para chegar à Presidência da República como partido hegemônico. Enfim, chegou ao poder em 1964, por meio de um golpe militar que derrubou o presidente trabalhista João Goulart, eleito constitucionalmente pelo voto direto. Naquele tempo o vice-presidente era eleito separadamente. Não existia a chapa vinculada. Todos esses fatos tiveram o apoio do Partido da Imprensa, que é empresarial e apoia e sempre apoiou políticas econômicas artificiais como o é o neoliberalismo, que fracassou e hoje até o FMI, guardião desse fracasso, avisa aos maus navegantes, como ele, que vai modificar seu processo de ajuda, de coordenação e de fiscalização das políticas públicas, econômicas e financeiras receitado aos países pobres e em desenvolvimento.
No Brasil, na América Latina, na Ásia e na África as receitas econômicas e financeiras do Bird e do FMI causaram problemas sociais tão graves que mesmo os governantes neoliberais dos países dessas regiões perceberam que não dava para continuar o processo de espoliação desses povos, sem que seus governos caíssem ou fossem derrubados. Mesmo assim, os conservadores, os direitistas do mundo empresarial e político, no Brasil leia-se DEM, Fenaban, Fiesp, agronegócios e, principalmente, Partido da Imprensa, continuaram a apregoar o que não deu certo, o indefensável e o que causou dor aos mais pobres, aos mais fracos e aos que não podem se defender.
O Partido da Imprensa, com seus profissionais bem pagos e com a cabeça feita por Wall Street e pelo Consenso de Washington de 1989, prosseguiram, de forma ridícula, sem ao menos ponderar suas palavras levianas, a apregoar um modelo econômico verdadeiramente contrário aos interesses da Nação até que, por intermédio de eleições, os defensores dessa política econômica burra e nefasta foram afastados do poder, tanto no Brasil quanto em muitos outros países. Não se compreende, até hoje, o que leva algumas elites a fazer gol contra. Mas se compreende que, ao contrário do que afirmam os gurus do capitalismo de mercado que estabelecem regras somente para os mais pobres e os mais fracos e dizem se preocupar em assegurar a efetivação de um estado de bem-estar social, que dignifique a pessoa humana, sabemos que o que importa à grande imprensa e a direita política do planeta é perpetuar os privilégios daqueles que fazem parte de sua classe social — os ricos e os muito ricos.
Há uma espécie de seres humanos que dá pena. Acha que riqueza é genética, é biologia. Quando na verdade a riqueza é um processo que envolve milhões, quiçá bilhões de pessoas que a produz. Não é uma questão biológica. É uma questão econômica e financeira que precisa, deve e pode ser calculada e equacionada no sentido de distribuí-la. Se dinheiro e bens materiais fossem parte de nossa biologia nasceriam com a gente e seriam conosco levados ao caixão. Não consigo entender como alguns jornalistas que se alimentaram adequadamente, que estudaram em boas escolas, que têm capacidade de discernir se tornaram tão pusilânimes, cínicos, dissimulados, covardes e mentirosos. Eles são um contra-senso em toda sua essência e a burrice em toda sua plenitude. Somente alguns advogados atingem a tanta incongruência.
A imprensa é parcial. Sua voz e seus canais de comunicação pertencem aos que controlam e dominam o mercado de capitais e os meios de produção, pelo simples fato de a imprensa ser o próprio, o espelho que reflete a imagem do sistema. Ela traduz os valores e os princípios do modelo econômico hegemônico. Ela é o principal e o mais importante tentáculo do sistema capitalista. Ela é a sua alma e a sua voz. Não há poder pleno sem o apoio da imprensa, para o bem ou para o mal. Seja qual for o poder, a imprensa não abre mão de manter os privilégios do segmento empresarial. Ela até compõe, mas ressalta seus interesses e resguarda os privilégios. Não há hegemonia de uma classe social sobre as outras sem o controle dos meios de comunicação. E é este processo, draconiano, que acontece no Brasil e na América Latina.
O acesso da maioria das populações ao crescimento social e ao desenvolvimento econômico acontece a conta-gotas, milenarmente. No caso do Brasil, secularmente. É como acontece em jogos de futebol, quando o time que está a ganhar passa tocar a bola, à espera de o tempo passar, à espera de o jogo terminar. Os barões da imprensa, como patrões seculares, querem o fim do jogo e para isso eles precisam pautar os poderes constituídos e, inclusive, não raramente, questionar cláusulas pétreas da Constituição, como, por exemplo, os capítulos voltados ao trabalho e aos meios de comunicação. Meia dúzia de famílias quer o controle total e irrestrito dos meios de comunicação. Meia dúzia de famílias brasileiras, ao representar o grande empresariado nacional e internacional, quer a flexibilização das leis trabalhistas, constituídas pelo estadista Getúlio Vargas, que se matou em 1954 para não ser derrubado, mais uma vez, pela UDN, pelos militares, pelo empresariado e pela imprensa. Getúlio teve de se matar para adiar o golpe militar por dez anos, o que ocorreu em 1964.
Para isso, os barões da imprensa contratam jornalistas de confiança. Os jornais criticam os cargos de confiança no âmbito governamental, mas não criticam seus cargos de confiança, pagos a soldos altos, para que certos profissionais façam o papel de defensores do status quo, do establishment, razão pela qual talvez tenhamos uma das elites mais cruéis e alienadas do mundo, totalmente divorciada dos interesses do povo brasileiro, há mais de cinco séculos.
Tudo o que é feito em prol do povo, os homens e as mulheres de imprensa, os que ocupam cargos de mando, chamam de populismo. Mas tiveram a insensatez e a ignorância política em defender o neoliberalismo, que fracassou de forma inapelável e retumbante. Até mesmo jornalistas considerados experientes como o Renato Machado e a Renata Vasconcellos, do “Bom Dia Brasil” da TV Globo, saudaram, da forma mais imprudente e capciosa possível, o golpe sofrido, em abril de 2002, pelo presidente constitucional da Venezuela, Hugo Chávez, que foi, inclusive, absurdamente seqüestrado, com o apoio da CIA do governo de George Walker Bush, que se antodenominava o senhor da guerra.
Meu comentário não visa constranger o Renato Machado, até porque não o conheço. Cito apenas um fato real, de conhecimento público, notório e que ficou na memória e na retina de muitos brasileiros, porque a saudação ao golpe foi incrivelmente surreal, um despropósito. Renato Machado, de perfil político conservador igual a tantos outros jornalistas, apenas, talvez até inconscientemente, comemorou a queda, mesmo através da violência, de um homem constituído presidente, pois eleito pela vontade do povo. Machado simplesmente reflete o desprezo do Partido da Imprensa em relação aos interesses da sociedade, em relação às determinações e aos desejos da sociedade civil. Não há nenhuma surpresa. O Partido da Imprensa age assim, mostra-se assim, só que, muitas vezes, inversamente ao Machado, apresenta-se de forma dissimulada.
Renato Machado no dia seguinte à sua comemoração em referência ao golpe contra o presidente venezuelano apareceu visivelmente constrangido. Acho que ele não tinha dimensionado sua atitude. Sua imagem, pálida e assustada, como se tivesse levado um grande susto ou uma bronca deveria ser gravada pelas pessoas alheias ao jornal matutino da TV Globo, com a finalidade de ser levada às escolas de comunicação para servir de exemplo aos futuros jornalistas como NÃO se deve proceder ou conduzir sua profissão. Foi realmente lamentável. Mas não foi uma surpresa. O Partido da Imprensa trabalha assim. Saímos da ditadura militar para a ditadura da imprensa. Igualmente os meios de comunicação hegemônicos apoiaram o golpe de estado em Honduras, sem vacilar, inclusive criticaram, com veemência, por intermédio de suas manchetes, de seus colunistas e comentaristas, a decisão do Governo brasileiro de receber em sua embaixada o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya. Empresários e militares hondurenhos efetivaram o golpe, com apoio do governo dos Estados Unidos. O Partido da Imprensa, aqui no Brasil, ficou entusiasmado. Desconfio que até hoje os próceres da imprensa estão a brindar o golpe de estado, e devem sonhar com o ano de 1964 — saudosamente.
Dentre os muitos erros perpetrados pelos militares, um dos maiores foi a censura aos meios de comunicação. E por quê? Porque hoje, no regime democrático, a imprensa se recusa a ser regulamentada como acontece com outros setores da sociedade e, por que não, do mercado. Ela usa como argumento que criar, por exemplo, o Conselho Federal de Jornalismo é tentar censurar a imprensa, o que não é verdade. Criar o Conselho é regulamentar os meios de comunicação, que não podem deixar de ser fiscalizados, como o são os juízes, os médicos, os advogados, os professores, os arquitetos e engenheiros, os economistas, os contadores, os políticos etc. etc., por intermédio de seus órgãos de classe profissional.
Para evitar a criação do Conselho Federal de Jornalismo e de uma política que funcione como marco regulatório para os meios de comunicação, o Partido da Imprensa usa como argumento, há muito tempo surrado, que tentar regulamentar a imprensa é censurá-la, como ocorreu na ditadura militar. A verdade é que os barões da imprensa e seus jornalistas de confiança não querem a democratização dos meios de comunicação, porque não querem responder, como os outros profissionais, pelos seus erros, muitas vezes exemplificados em calúnias, difamações, omissões, distorções e manipulações das informações noticiosas, além da clara intromissão no processo político brasileiro, ao tomar partido de determinado candidato, geralmente de perfil conservador e elitista.
Além disso, extinguiram a Lei de Imprensa, sem antes, no entanto, criarem instrumentos que a regulamente, como, por exemplo, a Ley dos Medios aprovada na Argentina. Absurdo dos absurdos é deixar uma imprensa, uma mídia de passado golpista e mercantil sem um marco regulatório. A presidenta Dilma não pode e não deve deixar de regulamentar e criar regras para o setor dos meios de comunicação de perfil empresarial e comprometido com os interesses geopolíticos dos Estados Unidos e com o grande empresariado nacional e internacional. Uma presidenta trabalhista como a Dilma jamais deveria vacilar quanto à elaboração e aprovação de uma Ley dos Medios para o Brasil e o seu povo trabalhador. Seria uma séria imprudência. Lembremo-nos de Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e do presidente Lula, todos perseguidos pela imprensa privada, de forma dura e desumana. Dilma sabe disso. Ela fez carreira política no berço do trabalhismo brasileiro, que é o Estado do Rio Grande do Sul, e viu o presidente Lula comer o pão que o diabo amassou durante oito anos.
Não é necessário ser um especialista em “assuntos de imprensa” para perceber que ela é um desastre em relação aos interesses da sociedade. Ditatorial, raivosa e vaidosa não mede conseqüências para fazer do processo político brasileiro uma novela de má qualidade textual, cujo objetivo é somente a manchete, chamariz comercial para a imprensa vender e ganhar muito dinheiro, mesmo se for com o linchamento moral de terceiros, muitos deles, depois comprovado, sem culpa no cartório.
Sua atuação é incompetente, porque, sistematicamente, não tem ouvido nenhuma das partes implicadas ou envolvidas em quaisquer fatos, mas sim ouvido a si mesma, por meio de suas deduções e de seu raciocínio ardiloso, intelectualmente desonesto, que visam confundir o público e assim garantir seus interesses. Por tudo isso, o Partido da Imprensa é contra qualquer criação de órgão que possa acompanhar seus passos, como o Conselho Federal de Jornalismo e o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Além do mais, os barões da imprensa se recusaram a participar da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro de 2009, que estabelece novo modelo para o setor, que atualmente é um monopólio de meia dúzia de famílias, que combatem os avanços sociais da sociedade brasileira. O documento elaborado no evento vai ser analisado e avaliado pelos poderes constituídos, para depois se transformar ou não em lei. Os empresários proprietários da imprensa e da mídia comercial não querem debater e negociar nada. Querem que as coisas fiquem como estão, o que não será possível, ainda mais que  Dilma Rousseff venceu as eleições para presidente em 2010. Evidentemente que alguma coisa vai mudar.
A arrogância e a prepotência de meia dúzia de famílias que controlam os meios de comunicação no Brasil não favorecem a democratização da imprensa, o que impede que ela, de fato, trabalhe em benefício do desenvolvimento social do povo brasileiro, em vez de ficar a distorcer realidades ou criar fatos, muitos deles sem fundamento, mas, contudo, propositais, pois a finalidade é confundir a sociedade e, conseqüentemente, proteger ou concretizar seus interesses e do grande empresariado, geralmente financeiros e econômicos. Essas atitudes, sobremaneira, prejudicam as atividades daqueles que são incumbidos pelo povo para administrar os três poderes.
A imprensa quer falar pelo povo e representá-lo, mas não disputa eleições e não concorre a cargos públicos. Ela não tem voto. A imprensa é tão arrogante e ignorante que confunde opinião pública com opinião publicada. A imprensa publica e opina, por meio de matérias combinadas, de editoriais, de articulistas e de colunistas. Por isso, sua opinião é publicada. Ela paga a profissionais para publicar suas opiniões sobre determinado assunto. Por sua vez, a opinião pública é feita, é realizada e é concretizada por intermédio do voto. Portanto, o voto é a opinião pública. Palavra e opinião de jornalista ou de quaisquer outras pessoas que atuam em outros segmentos é opinião publicada. Então, vamos ver se a imprensa entendeu: 1) jornalista = opinião publicada, que, por sinal, tem valor. 2) povo = opinião pública = o voto, que, por sinal, tem muito mais valor. É isso aí.
Davis Sena Filho

Como nasceu a Igreja Universal?

Fé, revolta e sacrifício são a essência da vida com Deus. Fé lembra o profeta Habacuque e sua época, em que Jerusalém estava cercada por Nabucodonosor e a destruição era eminente. Seu livro tem apenas três capítulos e começa com uma pergunta: Por quê?
E quem de nós, pelo menos uma vez na vida, também não perguntou "por quê?". Por que uma criança nasce com defeito? Por que um raio cai do céu e destrói a casa de um pobre? Por que uma bala perdida numa comunidade carente mata uma criança inocente? Por quê?

E Habacuque nas suas reflexões, no profundo do seu coração, cunhou uma sentença bela e estupenda que só podia vir de Deus: “O meu justo viverá pela sua fé”. Mas não se podia dizer.
Em um mundo injusto com tantas desigualdades, só a fé é capaz de garantir a vida. Sem ela somos atormentados por dúvidas e temores hesitantes,  um sal sem sabor, uma nuvem sem água vagando pelos céus, uma onda do mar levada pelos ventos, um morto vivo.
Naturalmente a fé causa uma revolta contra isso tudo e constrói com sacrifício a vitória derradeira. Esse caminho estreito e apertado foi o que Deus traçou para o surgimento da Igreja Universal.
O bispo Macedo, quando jovem, frequentou uma igreja evangélica na Zona Sul, por cerca de dez anos. Seu desejo era pregar, mas  os líderes não viam nele qualquer virtude ou talento, qualquer expressão que chamasse a atenção. Nem sequer teve a oportunidade de servir como obreiro. Dez anos não são dez dias. Outro teria desistido. Outro teria desanimado. Não ele. E a razão era a fé.
Movido pelo desejo de servir a Deus, ele e dois amigos foram para uma igreja no subúrbio. Eu era apenas um menino nessa ocasião, mas recordo que lá também o pastor fez a mesma avaliação. Passado algum tempo, consagrou os outros, mas não o bispo. Mais uma vez ele era colocado de lado, excluído, diminuído, enfrentava o preconceito, o desalento e a frustração. Outro teria desanimado. Outro teria desistido.
Um dia estava almoçando na casa da minha vó, quando ele entrou. E me permita aqui quebrar de leve o protocolo para fazer uma pequena lembrança, uma honrosa menção àquela senhora extraordinária. Um inesquecível exemplo de renúncia, dedicação e amor.
O bispo vinha avisar que deixaria o emprego para pregar o evangelho. Ele já era casado, tinha uma filha e a esposa estava grávida da segunda. Um gesto de  fé extrema para quem era desacreditado por todos. Para uma família humilde como a nossa, um emprego público como o dele  representava a garantia de uma vida livre do desemprego.
Ela apenas ponderou: “Não deixe de pagar o instituto, para garantir a aposentadoria quando envelhecer”.
Quando assisto essa orgia histérica dos insultos mais torpes, esse ódio neurótico, essa perseguição implacável, esse dilúvio de injurias, infâmias e calúnias contra o bispo e a igreja, que as pessoas são capazes de publicar com a mais equivocada convicção, o maior dos enganos, a tese transloucada de que ele engendrou uma fórmula para explorar os pobres, lamento com profunda amargura. Certamente não conhecem a Igreja Universal, quem somos e de onde viemos.
Pode ser que em alguma de nossas igrejas, seja no Brasil, na África, na Europa, na Ásia ou em qualquer parte do mundo, alguém, algum dia, tenha colocado sobre o altar um sacrifício tão grande quanto o dele, maior não. Ele ofereceu tudo que tinha, o próprio emprego sem qualquer garantia, sem qualquer esperança, senão por fé.
Passado um mês,  nasce sua segunda filha e fui pela manhã visitá-la no hospital do IASERJ. Ela havia nascido com lábio leporino e bebês assim são magrinhos, com olheiras, rosto deformado, uma ferida aberta na boca, sem uma parte dos lábios e com uma fenda no céu da boca, o que torna impossível  a amamentação, pois não conseguem fazer sucção, engasgam e padecem muito. Foram dias, meses, anos de um sofrimento atroz.
No caminho de volta, da praça da Cruz Vermelha até o Largo da Glória, caminhando ao longo da rua do Riachuelo, cada passo era uma lágrima. Como Habacuque eu perguntava: por quê? Por que um homem pobre, mas dizimista fiel, no momento supremo da sua existência, quando resolve deixar seu emprego, seu sustento, seu ganha pão, para pregar a Palavra, recebe como prêmio um castigo e dos piores, pois eu não sei se há dor maior do que um pai ir ao berçário de um hospital, apenas para ver, para constatar, que sua filha é a única enferma, a única ferida, frágil, sofrendo e chorando, enquanto as dos outros são tão bonitas.
E como sempre, nos momentos graves, minha família se reuniu na casa da minha vó. À tarde ele chega. Estava, naturalmente, muito triste, mas disse duas coisas que guardei. A primeira: “Eu vou gostar mais dela do que da outra”.
A outra, a quem se referia, era sua primeira filha, uma criança muito formosa. Não creio ser possível gostar mais de um filho que do outro, mas havia um significado mais profundo naquela expressão. Era muito mais que um pai tentando compensar, proteger ou extravasar sua dor.
Mais tarde, verifiquei que a essência daquelas palavras se refletiria no surgimento e na atuação da Igreja Universal, que é decididamente vocacionada a gostar mais daquele que sofre, do aflito e do necessitado.
E logo se começa a buscar as almas perdidas nas encruzilhadas, nas favelas, nos terreiros, nos manicômios, nas catacumbas dos vícios, na miséria  das drogas, na falência dos lares destruídos. Salões, galpões,  cinemas começam a encher com enfermos, pobres, desempregados, aflitos, endemoninhados em busca de alívio e libertação. O povo que andava em trevas viu uma grande luz.
A segunda coisa que  disse  foi:  “Eu não vou ficar com raiva de Deus. Vou ficar com raiva do diabo. Agora mesmo é que eu vou invadir o inferno para resgatar as almas perdidas”.
Ali já não era mais um rapaz qualquer, obscuro e anônimo. Ali nascia um líder. Nascia também um povo capaz de enfrentar os maiores desafios, as perseguições mais duras e virulentas.  Um povo de fibra  e força, que não recua, que não se agacha, que não foge da luta e nem teme o sacrifício.  Um povo com o olhar cravado nas promessas de Deus, para rasgar nos horizontes a perspectiva iluminada do seu destino. Um povo determinado, forjado, selado pela fé em Deus. E isso porque no momento mais difícil, mais cruel, mais duro, um justo viveu pela sua fé!
A Igreja Universal não surgiu com a deliberação de uma assembleia de homens ilustres, ou de um conselho diretor ou de uma fundação de notáveis. Nem tão pouco foi subsidiada, patrocinada, bancada por recursos do governo ou de um milionário caridoso. Essa igreja é a resposta simples, direta e fiel de um Deus que honra a fé, a revolta e o sacrifício.
A frase, “Eu não vou ficar com raiva de Deus. Eu vou ficar com raiva do diabo”, marca a revolta da fé. Se ficasse com raiva de Deus seria a rebelião, e o resultado seria um oceano de fracasso, um Himalaia de frustração. Os rebeldes culpam a Deus pelos infortúnios da vida. A rebeldia tem formas distintas e sutis de se manifestar. Alguns rebeldes afrontam os mandamentos desafiando a Deus com seus pecados e crimes. Outros manifestam uma indiferença fria e distante com as coisas de Deus, fazendo da própria vida um imenso desperdício de tempo e uma triste história de mediocridade. Há também os fariseus que são os rebeldes de igreja que conhecem a palavra, mas não a pratica.
Abraão foi revoltado quando vagava no deserto esperando a promessa, que demorava chegar. No entanto, nunca  se rebelou. Moisés se revoltou com a escravidão do seu povo, como Josué se revoltou quando na terra prometida encontrou muralhas e gigantes, mas não foram rebeldes. Davi se revoltou contra as afrontas do Golias. Jó, o mais revoltado de todos, que  no ápice do seu sofrimento amaldiçoou o dia em que nasceu, jamais se rebelou. Ele continua  a ser, através dos tempos, o mais veemente exemplo do que um homem é capaz de suportar e vencer quando é movido por sua fé.  E foi no seu sacrifício que Deus lhe restituiu sete vezes mais.
A vida do justo não é a vida do convento, do mosteiro no alto do monte ou da santidade absoluta. É a vida da fé, das lutas do dia-a-dia na planície da vida. Com suas virtudes e defeitos, injustiçado e perseguido, como ovelha entre lobos, que às vezes chora, mas sabe que será consolado, que tem sede e fome de justiça e crê que será saciado. Gente simples e humilde com todas as veras da sua alma. Que põe a mão no arado e não olha para trás, custe o que custar, doe o que doer.  Que não se apequena,  que não se acovarda. Filhos da fé, da revolta e do sacrifício.
Esteja certo. Deus vê/ o que você tem passado/ perseguido, injustiçado/ um sufoco desgraçado/  Deus vê/ o seu rosto amargurado/ tantos planos fracassados/ tantas noites acordado. Mas o que Deus precisa ver/ é a revolta em seu olhar/ é a vontade de lutar/ e ser abençoado.  A fé vem pelo ouvir/ mas o agir pela revolta. Sem luta não há vitória/ sem obras a fé é morta. É tempo de se revoltar/ é tempo de agir a fé/ construir os nossos sonhos/ ou Deus é ou não é. É tempo de se revoltar/ é tempo de agir a fé. É tempo de Deus ver/ que covarde você não é.
Marcelo Crivella

Alerj aprova anistia administrativa a bombeiros

Cabral prometeu sancionar o projeto, segundo o presidente da casa.
Foram aprovados ainda reajuste e mudança de uso de Funesbom.

Tássia Thum Do G1 RJ
Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram na noite desta terça-feira (28), o projeto de lei 644/2011, que concede anistia administrativa aos mais de 400 bombeiros e a dois PMs presos após a invasão ao quartel central da Corpo de Bombeiros, no último dia 3. Isso significa que eles não poderão ser punidos pela corporação.
O projeto de lei foi aprovado por unanimidade pelos 60 deputados presentes e seguirá para sanção do governador Sérgio Cabral, que já prometeu sancioná-lo, segundo o presidente da Alerj, Paulo Melo.
Melo adiantou ainda que o governo já acenou também para a possibilidade de dar o vale-transporte, uma das principais reivindicações da categoria. No entanto, ele não confirmou de onde sairá o recurso para o pagamento.
O deputado informou também que a questão deverá ser conduzida pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões.
Como autores do projeto de lei 644/2011 aparecem 50 deputados, segundo nota enviada pela assessoria da Alerj na noite desta terça. Os 12 deputados estaduais da base apelidada de "pró-bombeiros" não foram incluídos na autoria do projeto, o que causou insatisfação ao grupo.
Antes da votação, os deputados da base governista trocaram farpas com os representantes da oposição.
Muitos bombeiros que compareceram ao plenário da Alerj para acompanhar as votações comemoraram a decisão, cantando o hino da corporação e gritos de guerra. Eles foram ao plenário com camisas vermelhas e cartazes pedindo a anistia criminal e administrativa aos mais de 400 colegas que foram presos.
Reajuste de 5,58% e Funesbom
Mais cedo, os deputados aprovaram a antecipação para julho do reajuste de 5,58% para os bombeiros e funcionários do setor da segurança do estado, como policiais militares e civis, que também será encaminhado para a sanção de Cabral. Anteriormente, o projeto havia recebido 32 emendas, mas nenhuma delas foi aprovada.
Também foi aprovado o projeto de lei que modifica a finalidade de uso do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom). Com isso, parte do fundo pode ser usado para pagamento de gratificações aos bombeiros. Antes, o fundo era utilizado para a compra de equipamentos para a corporação. O projeto, que foi aprovado com o texto original, também seguirá para a sanção do governador.
No entanto, os bombeiros são contra as gratificações e querem o aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil líquido. E também reivindicam o vale-transporte.
Senado aprova anistia
Carreata dos bombeiros no Rio (Foto: Bernardo Tabak/G1)Pelo menos 100 carros de passeio participaram do
protesto dos bombeiros (Foto: Bernardo Tabak/G1)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no dia 22, um projeto de lei que anistia os bombeiros do Rio de infrações previstas no Código Penal Militar e no Código Penal. O projeto de lei foi aprovado em caráter terminativo (sem necessidade de ser aprovada em plenário) e segue para análise da Câmara dos Deputados. Se aprovada pelos deputados, a proposta vai à sanção presidencial.
No último domingo (26), centenas de bombeiros fizeram uma passeata pedindo a anistia criminal e administrativa. Professores da rede estadual de ensino, policiais militares e funcionários públicos também participaram do protesto. Depois

segunda-feira, 27 de junho de 2011

TJRJ inaugura Justiça Itinerante na Cidade de Deus
Notícia publicada em 15/06/2011 14:35

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto
Rebêlo dos Santos, inaugurou nesta quarta-feira, dia 15, oprojeto Justiça
Itinerante da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A solenidade contou com
a presença do prefeito Eduardo Paes; do conselheiro Paulo Tamburini, do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ); do corregedor-geral da Justiça,
desembargador Antonio José Azevedo Pinto; do comandante da Unidade de
Polícia Pacificadora (UPP) da Cidade de Deus, major Felipe Romeu; dos
desembargadores Antonio Saldanha Palheiro e Cristina Teresa Gaulia; e do
procurador-geral do Município do Rio, Fernando Dionísio, entre outras
autoridades.

Em seu discurso, o presidente Manoel Alberto citou Martin Luther King e
contou que, ao assumir a Presidência do TJRJ, também teve um sonho.
“Descobri que tínhamos quatro ônibus para atender ao projeto Justiça
Itinerante e eu tive um sonho e prometi a mim mesmo que iria dobrar essa
frota”, declarou o desembargador, acrescentando ainda que já determinou a
compra de mais dois veículos e teve a promessa de doação de outros oito.
Ainda de acordo com o magistrado, a iniciativa promove o acesso das
comunidades mais carentes à Justiça, permitindo que essa população se inicie
no exercício da cidadania.

O prefeito Eduardo Paes lembrou que a Cidade de Deus é um bairro da cidade
constituído pelo poder público e que é necessária a intensificação da
prestação dos serviços públicos naquela região. Ele ressaltou ainda que o TJ
do Rio está dando um exemplo ao facilitar o acesso da população à Justiça,
“mostrando que está ali para fazer a prestação jurisdicional”.  “É um prazer
poder colaborar nessa tarefa. Minha mensagem é de agradecimento ao Poder
Judiciário”, finalizou Paes.

Emocionada, a desembargadora Cristina Teresa Gaulia lembrou que a história
do projeto Justiça Itinerante começou há 10 anos e que, hoje, estava
concretizando um sonho ao inaugurá-lo, pela primeira vez, em uma das
comunidades pacificadas do Rio. “O importante é que vocês, hoje, estão sendo
integrados à sociedade civil deste município. Estão recebendo o direito de
cidadania plena”, destacou.

A aposentada Nelzira Praxedes, moradora da Cidade de Deus há 49 anos,
agradeceu ao TJRJ pela instalação do projeto no bairro. “É uma honra termos
acesso à cidadania”, declarou. Para a líder comunitária Severina Gartner
Cesar, que se formou no curso Justiça e Cidadania desenvolvido pelo
Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Projetos Especiais (Deape) do
TJRJ, é muito importante a atuação do Poder Judiciário no local que teve a
população desprezada por muitos anos. “A Justiça vir para cá é maravilhoso e
o pessoal não faz ideia do benefício que vai trazer”, concluiu ela.
A greve dos bombeiros desnudou a situação macroeconômica do estado e do município do Rio de Janeiro. Como é notório, o Rio realizará os maiores eventos mundiais e, para tal, revitalizará sua área portuária, fatores que em qualquer economia ensejariam mudanças auspiciosas quanto ao desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental da sociedade, constituindo-se numa oportunidade única de reinvenção do Rio num ambiente no qual o futuro se delineará pleno de oportunidades, qualidade de vida e onde todos se sentirão incluídos.
Contudo, qualquer análise dessa economia que vem sofrendo há mais de meio século de uma incúria administrativa, e que culminou com a falência dos serviços públicos e privados, não enxergará motivos para comemorar, mesmo com a tão badalada união entre os três poderes e as enormes despesas oficiais em propaganda para anunciar que o Rio finalmente está mudando.
O que o estado arrecada não é suficiente para fazer frente às suas necessidades, como ficou expresso no uso de dinheiro carimbado para reequipar bombeiros na construção de pontes e num aumento escalonado de 1% ao mês até 2014, entre outros arranjos “necessários” para que a máquina pública não desande. Só para melhorar o salário da PM será necessário disponibilizar R$ 4,6 bilhões, que, além de não existirem, não há no horizonte perspectivas de aumento de arrecadação para viabilizar. Para reverter isto será preciso investir em qualidade de vida, o que é impensável porque a prioridade é a segurança. Só que o secretário Beltrame já afirmou que “nada sobrevive só com segurança”, ou, como se diz popularmente, “se ficar o bicho come e se correr o bicho pega”.
 Na prefeitura a situação é igual ou pior, porque até agora não foi sinalizada nenhuma política pública que minore o atual abismo social que mantém a cidade partida há décadas. Em todo o mundo a revitalização da área portuária serviu para revitalizar economias que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos, através de um Master Plan que sinalizava uma âncora clara – a indústria do turismo – pelo seu potencial de unir toda a sociedade, já que ela é a única que movimenta todos os setores simultaneamente. Onde foi empregada como instrumento de transformação, ela apresentou resultados admiráveis e, em curto prazo, com o retorno de dez vezes do capital investido em dois anos, como, por exemplo, em Bilbau.
Só que, no nosso caso, o tal “Porto Maravilha”, cujo “maestro” já foi defenestrado, até agora só serviu para acentuar a partilha ao definir que para o Rio “virtual”, o do falacioso “ciclo virtuoso”, há uma coleta de lixo e uma manutenção urbana privada, pasmem, já que, por tabela, estão admitindo que o serviço municipal é falho e que deve ser feito desta forma (precária) só no Rio que não é “Maravilha”. Como você se sente, meu caro leitor?
 A literatura sobre os benefícios de sediar tais eventos midiáticos é negativa quanto a resultados em revitalizar economias, a não ser quando associados à indústria turística, que por acaso é a vocação natural do Rio, sendo que ela é apontada de forma unânime como a de maior potencial do mundo, podendo multiplicar por trinta o número de visitantes de hoje, desde que um bom trabalho seja realizado.
 A melhor forma de reivindicar melhorias salariais são as greves, o que prejudica a coletividade e desta forma sensibiliza as autoridades que detestam índices negativos de popularidade. Só que estes movimentos ficam esvaziados pela demonstração clara de que não há verba para atender a esses pleitos, por mais justos que sejam, e deixam os grevistas mal vistos.
Chegou a hora de esses movimentos pressionarem por aumentos salariais apresentando opções claras para políticas públicas de resultados, como em outras economias em que as autoridades, pressionadas, agiram e conseguiram mudar paradigmas. A solução está aí, só não enxerga quem não quer ver. Acorda, Rio! E vamos nos unir para revitalizar a economia, priorizando o social, o cultural e o ambiental através de um mecanismo que eternizará o Rio com qualidade de vida, mostrando ao morador sua inserção num futuro digno, como fizeram outras cidades ao redor do mundo.
* José Paulo Grasso é engenheiro e coordenador do Acorda Rio
Senado aprova anistia para os bombeiros do Rio
Jornal Extra – 23/06.
BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o projeto de lei de autoria do senador Lindberg Farias (PT-RJ) que concede anistia aos mais 400 bombeiros do Rio de Janeiro que foram presos depois de invadirem um quartel. Com parecer favorável do relator, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), a matéria agora segue direto para a Câmara dos Deputados, sem necessidade de passar pelo plenário do Senado.
- Há hoje dois impasses na negociação com os bombeiros, a salarial e a da anistia. Com esse projeto acredito que abrimos espaço para resolver pelo menos um deles. O próprio governador Sérgio Cabral se manifestou a favor da anistia, embora não pudesse concedê-la - comemorou o autor da proposta.
Em seu parecer, Crivella destacou que a anistia proposta agora aos bombeiros do Rio não difere da concedida pela Lei no. 12.191 de 13 de janeiro de 2010, que também anistiou policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina e Distrito Federal, igualmente punidos por participarem de movimentos reivindicatórios.
A cerimônia de abertura da parada gay, realizada ontem (26) em São Paulo, se transformou em um palanque contra religiosos que têm posicionamento diverso dos defendidos pela causa GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).
A título de exemplo, o material preparado pelo Ministério da Educação (kit gay) estava pronto para ser distribuído nas escolas públicas do país, mas foi suspenso sob o argumento de que o seu conteúdo teria que ser alterado. Leia aqui.
Para a senadora Marta Suplicy (PT-SP), o conteúdo dos kits não era inadequado. Em sua opinião, o que foi inadequado foi a forma pela qual o material foi apresentado à sociedade.
"Os kits foram totalmente mal-entendidos, aquilo tem que ser repensado, como lançar, como trabalhar. Foi um processo mal encaminhado. A parte que eu vi não precisava ser mudada, o que precisa mudar é a forma de encaminhar a questão", disse a ex-prefeita de São Paulo na cerimônia de abertura do evento ocorrido na capital paulista.
Por outro lado, a deputada estadual do Rio de Janeiro Myrian Rios defendeu recentemente na tribuna da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) o direito de ser heterossexual e poder demitir um funcionário que tenha orientação homossexual, sob o argumento de que não gostaria, por exemplo, de ter uma babá ou motorista homossexual cuidando dos seus filhos.
Imagine a seguinte situação, caro internauta: você tem uma criança que é cuidada por uma babá lésbica e você não pode dispensá-la porque a lei lhe proíbe. É isso o que está previsto no Projeto de Lei 122. Em resumo, ninguém poderá ser dispensado do trabalho por orientação sexual.
De um lado o que pensa a senadora. De outro, a deputada estadual, ambas representantes do povo.
Mantendo a proposta deste blog de pensar o nosso país e ser um permanente fórum de discussões, faço a pergunta: e você internauta, qual é sua opinião?

Macaé recebe R$ 47 milhões do governo federal para VLT do RJ

Sistema contará com 10 estações para embarque.
Primeira fase do projeto deve ser concluída em março de 2012.

Aluizio Freire Do G1 RJ

Protótipo do VLT em Macaé-RJ (Foto: Divulgação/Prefeitura de Macaé)Protótipo do VLT em Macaé-RJ (Foto: Divulgação/Prefeitura de Macaé)
O município de Macaé, na Região Norte Fluminense, será a primeira cidade do estado do Rio de Janeiro a contar com o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). O Ministério das Cidades liberou R$ 47 milhões para a construção, de acordo com o edital de liberação dos recursos publicado em 15 de junho no Diário Oficial da União.
O projeto foi aprovado pelo Programa Pró-Transporte do ministério. O sistema vai utilizar 25 km de malha urbana da Ferrovia Centro Atlântica e contará com 10 estações para embarque. O custo total da obra é de R$ 72 milhões, com a contrapartida de R$ 25 milhões do município.
De acordo com o projeto, o veículo é capaz de cruzar a cidade em menos de 30 minutos, partindo do Centro para os bairros de Imboassica, sul de Macaé, e Lagomar, localizado na parte norte, garantindo melhor mobilidade à cidade onde estão instaladas diversas indústrias de petróleo.
A primeira fase do projeto, 12 km na parte sul, deve ser concluída em março de 2012. A data para conclusão total da obra está prevista para julho de 2014.
“Macaé vai ganhar muito com esse meio de transporte. Hoje, trabalhadores da região são obrigados a enfrentar grandes engarrafamentos. O crescimento de Rios da Ostras, ao lado, também acabou afetando a cidade. No Centro, circulam cerca de 20 mil carros por dia”, disse o secretário de Mobilidade Urbana de Macaé, Jorjão Siqueira.

O projeto de VLT para Macaé foi apresentado ao secretário nacional de Transportes e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima, durante debate sobre projetos de transportes, na Associação Comercial do Rio de Janeiro, em abril, a convite do senador Marcelo Crivella.

Em dezembro de 2010, o projeto também foi apresentado em outra reunião com a presença do secretário estadual de transportes Júlio Lopes.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

ornal O DIA on line

Comissão do Senado aprova anistia para os bombeiros

Brasília - O projeto de lei de autoria do senador Lindberg Farias (PT-RJ) que concede anistia aos mais 400 bombeiros do Rio que foram presos depois de invadirem o Quartel-central foi aprovado, por unanimidade, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Com parecer favorável do relator, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), o projeto de lei segue, agora, direto para a Câmara dos Deputados, sem necessidade de passar pelo plenário do Senado.
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Crise dos bombeiros começou no início de junho | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Crivella ressaltou que a anistia proposta aos bombeiros do Rio não é diferente da que anistiou policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina e Distrito Federal, também punidos por participarem de protestos semelhantes.

Entenda o caso


No último dia 3 de junho, bombeiros manifestantes invadiram o quartel do Comando-Geral, na Praça da República, Centro. Em seguida, penduraram faixas de protesto nos veículos de combate a incêndio, impedindo os que estavam de serviço de sair para trabalhar. Horas depois todo o grupo foi preso e levado para o quartel da corporação de Charitas, em Niterói. No dia 10, no entanto, a Justiça mandou soltar os bombeiros presos após dezenas de protestos na cidade e forte pressão da sociedade. Desde então os manifestantes aguardam a anistia para retomar negociações salariais.

Todos os militares já foram ouvidos na Auditoria da Justiça Militar. Eles respondem à ação penal militar pelos crimes de motim, dano em material ou aparelhamento de guerra, dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em estabelecimentos militares.

Interrogatórios marcados

As datas dos interrogatórios também já estão definidas. Os 14 bombeiros apontados como líderes do motim serão ouvidos no dia 8 de julho, pelo Conselho Especial de Justiça, que, no caso, será composto por um coronel e três tenentes-coronéis do Corpo de Bombeiros, e presidido pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros. O Conselho Especial possui tal formação porque, neste caso, um dos réus ostenta a patente de major, e somente pode ser processado e julgado por oficiais de patente superior.

Já os 415 bombeiros foram divididos em grupos e serão interrogados entre os dias 5 e 18 de agosto, sempre a partir das 10h. Os depoimentos ocorrerão perante o Conselho Permanente de Justiça do Corpo de Bombeiros, composto por um major e três capitães.

A denúncia do Ministério Público apresenta uma relação de 14 veículos operacionais danificados pelos manifestantes. Também teriam sido inutilizados os portões de entrada do Quartel-Central e os portões de acesso ao Cassino de cabos e soldados, as instalações da Diretoria Geral de Finanças, da Superintendência Administrativa, da Subsecretaria de Defesa Civil, da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa, do refeitório de oficiais, refeitório de praças, cozinha, padaria, depósito de lacticínios e frutas, ambulatório de nutrição e porta de acesso à Rua do Senado.

A situação vinha se tornando tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Os profissionais fluminenses recebem cerca de R$ 950 por mês.

terça-feira, 21 de junho de 2011

21/06/2011 - 13h27
Comissão de Educação aprova projeto que isenta materiais escolares de tributos 
Materiais escolares, uniformes e outros equipamentos exigidos pelas escolas do ensino básico poderão ficar isentos de tributos. É o que prevê projeto de lei do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) aprovado nesta terça-feira (21) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A matéria, agora, será examinada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativaDecisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. .
Com a isenção de impostos, taxas e contribuições, os materiais escolares terão preços mais baixos. Assim, ressaltou Crivella, o projeto (PLS 256/10) vai facilitar a aquisição do material solicitado pelas escolas, uma vez que as famílias já são oneradas com outras obrigações fiscais no período em que são feitas as compras - como impostos sobre imóveis e veículos. No texto original do projeto, ele propôs que a isenção fosse concedida apenas em fevereiro.
Emenda do relator da matéria na CE, senador José Agripino (DEM-RN) estendeu a isenção a todos os meses, pois, conforme argumentou, os materiais escolares sofrem desgastes no decorrer do ano e precisam ser repostos. Agripino observou ainda que a falta de condições para comprar os materiais escolares é uma das principais razões da evasão escolar.
A proposta determina ainda que o Poder Executivo regulamente a lei que resultar desse projeto, para listar os materiais sujeitos à isenção. A regulamentação deverá ser feita em 90 dias após a promulgação da lei.
Agripino observou que os livros já foram isentos de impostos. Ressaltou também que os alunos das escolas públicas recebem os livros didáticos de que precisam de forma gratuita, mas cerca de quatro milhões de estudantes de escolas privadas não têm o benefício.
- Não podemos fechar os olhos à realidade por que passa a maioria das famílias, oprimidas pelos gastos do início de cada ano letivo, muitas vezes superiores à sua capacidade de pagamento - destacou Agripino.
O senador lembrou que projeto de sua autoria com o mesmo objetivo já foi aprovado no Senado e tramita na Câmara dos Deputados. A proposta de Crivella, acrescentou Agripino, deve ser juntada a sua para tramitação conjunta.
 
Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Agência Senado

PLENÁRIO / HOMENAGEM
20/06/2011 - 11h50
Tem início homenagem para marcar impressão da centésima milionésima Bíblia pela Sociedade Bíblica do Brasil 

O propositor da homenagem foi o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Em sessão no Plenário que se inicia neste momento, será comemorada a impressão da centésima milionésima bíblia pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Fundada por líderes Cristãos em 1948, no Rio de Janeiro, a entidade assumiu atividades de tradução, produção e distribuição da bíblia em todo o território brasileiro. A iniciativa era orientada pelo lema "Dar a Bíblia à Pátria".
A SBB desenvolve ainda ações no campo social, por meio de programas que atendem a diferentes segmentos da população como estudantes, índios, presidiários, enfermos e deficientes visuais. A entidade faz parte das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), uma aliança mundial nascida ainda no Século XIX e que tem como finalidade facilitar a difusão do texto bíblico.
Da Redação / Agência Senado
 
TJRJ inaugura Justiça Itinerante na Cidade de Deus
Notícia publicada em 15/06/2011 14:35

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto
Rebêlo dos Santos, inaugurou nesta quarta-feira, dia 15, oprojeto Justiça
Itinerante da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A solenidade contou com
a presença do prefeito Eduardo Paes; do conselheiro Paulo Tamburini, do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ); do corregedor-geral da Justiça,
desembargador Antonio José Azevedo Pinto; do comandante da Unidade de
Polícia Pacificadora (UPP) da Cidade de Deus, major Felipe Romeu; dos
desembargadores Antonio Saldanha Palheiro e Cristina Teresa Gaulia; e do
procurador-geral do Município do Rio, Fernando Dionísio, entre outras
autoridades.

Em seu discurso, o presidente Manoel Alberto citou Martin Luther King e
contou que, ao assumir a Presidência do TJRJ, também teve um sonho.
“Descobri que tínhamos quatro ônibus para atender ao projeto Justiça
Itinerante e eu tive um sonho e prometi a mim mesmo que iria dobrar essa
frota”, declarou o desembargador, acrescentando ainda que já determinou a
compra de mais dois veículos e teve a promessa de doação de outros oito.
Ainda de acordo com o magistrado, a iniciativa promove o acesso das
comunidades mais carentes à Justiça, permitindo que essa população se inicie
no exercício da cidadania.

O prefeito Eduardo Paes lembrou que a Cidade de Deus é um bairro da cidade
constituído pelo poder público e que é necessária a intensificação da
prestação dos serviços públicos naquela região. Ele ressaltou ainda que o TJ
do Rio está dando um exemplo ao facilitar o acesso da população à Justiça,
“mostrando que está ali para fazer a prestação jurisdicional”.  “É um prazer
poder colaborar nessa tarefa. Minha mensagem é de agradecimento ao Poder
Judiciário”, finalizou Paes.

Emocionada, a desembargadora Cristina Teresa Gaulia lembrou que a história
do projeto Justiça Itinerante começou há 10 anos e que, hoje, estava
concretizando um sonho ao inaugurá-lo, pela primeira vez, em uma das
comunidades pacificadas do Rio. “O importante é que vocês, hoje, estão sendo
integrados à sociedade civil deste município. Estão recebendo o direito de
cidadania plena”, destacou.

A aposentada Nelzira Praxedes, moradora da Cidade de Deus há 49 anos,
agradeceu ao TJRJ pela instalação do projeto no bairro. “É uma honra termos
acesso à cidadania”, declarou. Para a líder comunitária Severina Gartner
Cesar, que se formou no curso Justiça e Cidadania desenvolvido pelo
Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Projetos Especiais (Deape) do
TJRJ, é muito importante a atuação do Poder Judiciário no local que teve a
população desprezada por muitos anos. “A Justiça vir para cá é maravilhoso e
o pessoal não faz ideia do benefício que vai trazer”, concluiu ela.
20/06/2011 05h00 - Atualizado em 20/06/2011 05h00

MEC abre inscrições para o ProUni nesta segunda-feira

Programa dá bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior.
Prazo termina na sexta-feira (24).

Do G1, em São Paulo
O Ministério da Educação vai abrir as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) nesta segunda-feira (20).  O prazo para inscrições vai até sexta-feira (24). O ProUni distribui bolsas de estudo em instituições de educação superior privadas. Serão oferecidas bolsas integrais (100%) ou parciais (50% e 25%).
O processo seletivo do ProUni será constituído por apenas uma etapa com três chamadas sucessivas. Os resultados dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis no site do ProUni na Internet nas seguintes datas: primeira chamada: 27 de junho; segunda chamada: 12 de julho; e terceira chamada: 25 de julho.
O candidato pré-selecionado deverá comparecer à respectiva instituição de
ensino superior para aferição das informações prestadas em sua ficha de inscrição e eventual participação em processo seletivo próprio da instituição.
Para concorrer às bolsas, os candidatos devem ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010, ter atingido no mínimo 400 pontos na média das cinco notas do exame (ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias, e a redação) e ter nota superior a zero na redação.
Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. O estudante não pode ter nenhum curso superior. As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. Além de ter feito o Enem 2010 e ter alcançado a pontuação mínima, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em escola particular na condição de bolsista integral.
Professores da rede pública de ensino básico, que concorrem à bolsa em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia, não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola.
 

Sobre os nossos idosos

15/06/2011

Ossesio Silva registra Dia Mundial de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa

Com o objetivo de fomentar a consciência mundial, social e política e colocar fim aos maus-tratos cometidos contra a pessoa idosa, foi comemorado, ontem, o Dia Mundial de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa. A data ganhou destaque no discurso do deputado Ossesio Silva (PRB).

“É de extrema importância promover discussões que mudem a realidade desse segmento, em nosso País. Dentre os principais problemas enfrentados, estão a violência, física ou psicológica; além do abuso financeiro, quando o agressor tira dinheiro e bens da vítima”, pontuou.


De acordo com o parlamentar, 17 anos após a edição da Lei da Política Nacional do Idoso; e, oito anos depois de se implantar o Estatuto do Idoso, a adoção de práticas que garantam os direitos desse grupo ainda está em fase inicial.


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, no Brasil, a população idosa tem crescido. Estima-se que, até 2020, sejam 40 milhões de pessoas acima dos 60 anos. A nação sul americana se tornará a sexta com mais idosos, em todo o mundo.


O republicano relatou percentuais da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco, mostrando que 63% das vítimas de agressão são mulheres e 45% têm entre 75 e 90 anos. Apenas 30% dos casos são notificados. No âmbito dos agressores, 50% se configuram filhos ou netos.


“A velhice é sinônimo de experiências, lutas e conquistas. Com certeza, é um referencial de aprendizado para todas as pessoas”, ponderou Silva, que, ainda, parabenizou a iniciativa da Prefeitura do Recife, em conjunto com o Ministério Público de Pernambuco, que viabiliza o Projeto Caravana da Cidadania.


Outros setores também tiveram destaque, a exemplo da Defensoria Pública, entidades religiosas, Ministério Público, Delegacia do Idoso e o Conselho Estadual do Idoso – todos envolvidos na promoção de iniciativas em favor da classe.


Habitação Popular

Muita alegria marca entrega da 16ª casa do Cimento Social

Menino de 12 anos sensibilizou Crivella com carta que escreveu pedindo para ser contemplado
 
A emoção é constante nas entregas de casas do Cimento Social, projeto de habitação popular idealizado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) que já beneficiou 16 famílias, em diversos municípios – outras 80 residências foram reformadas.

Nesta sexta-feira (17/6), não foi diferente. A emoção transbordava dos olhos de dona Laura e do menino Bruno, de 12 anos - completam a família Sinvaldo e as crianças Lorena, de 2 anos, e Arthur, de 3 meses.

Tudo começou quando Bruno escreveu uma carta a Crivella relatando as dificuldades que a família passa, vivendo de favor na casa de amigos, e revelando seu sonho de ter casa própria. Sensibilizado com a história do menino, que dizia na carta que rezava todos os dias para ganhar uma casa, e que sua felicidade estava nas mãos do senador do PRB, Crivella resolveu dar a casa a eles.

Dona Laura parecia não acreditar na bênção alcançada. Repetia a todo instante que era o dia mais feliz da sua vida.

- Mesmo sem perceber, o senador Crivella resolveu todos os meus problemas - disse Laura.

Sinvaldo, que já trabalhou nas obras do Cimento Social, lembra de conversas que já teve com Crivella:

- O senador Crivella dizia pra mim que eu morava num lugar que era indigno de um ser humano morar. Ele dizia que meu dia chegaria. E chegou!  Só tenho a agardecer a ele - afirmou Sinvaldo.

As casas do Cimento Social são construídas em dois pavimentos e entregues em três dias, totalmente mobiliadas, ao custo de cerca de R$ 60 mil.







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BJB
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